sexta-feira, 5 de março de 2010

A ciência a favor da beleza

Quando os cientistas começaram a desvendar com maior precisão os mecanismos do envelhecimento da pele, surgiram duas frentes nas pesquisas sobre como preservar a juventude por mais tempo. Uma levou aos cremes e a outros produtos de aplicação tópica, característicos da cosmetologia. A outra, cujas perspectivas eram igualmente promissoras, resultou em produtos de uso interno: compostos principalmente de pílulas de vitaminas, proteínas ou sais minerais que, ingeridas, ajudam a manter a pele saudável, eles receberam o nome genérico de nutricosméticos. Os primeiros apareceram no início da década de 90 e eram feitos à base de colágeno. Essa proteína presente no tecido conjuntivo é determinante na sustentação e firmeza da pele. Hoje, os nutricosméticos mais populares são fabricados com betacaroteno, vitaminas A, C e E, zinco, colágeno, licopeno, isoflavona e silício orgânico. Alguns desses componentes podem ser encontrados em combinação numa só pílula. O principal objetivo continua a ser o original: preservar e estimular a produção de colágeno.

A maioria das substâncias é oferecida por frutas e legumes (o licopeno está presente no tomate e a isoflavona na soja). Mas as pílulas reúnem uma concentração de elementos ativos que dificilmente se consome na alimentação diária. "A eficiência é maior que a dos cosméticos tópicos porque os nutricosméticos partem de dentro do corpo", disse a VEJA a engenheira química francesa Patricia Manissier, diretora de pesquisa e desenvolvimento dos Laboratórios Innéov, em Paris. Cada substância presente nas pílulas contribui de determinada maneira no esforço de combater os radicais livres, átomos de hidrogênio que ficam entre as células e que danificam as estruturas proteicas que dão sustentação à pele, entre elas o próprio colágeno. O stress, o cansaço, a má alimentação e a exposição ao sol aumentam a quantidade dos radicais livres. "O betacaroteno é uma das substâncias mais eficazes nesse processo, formando uma camada de proteção na pele que reduz os efeitos nocivos do sol", diz a dermatologista paulista Ligia Kogos. O licopeno, por sua vez, responsável pela coloração vermelha dos alimentos, estimula a produção de melanina e proporciona um bronzeado com aspecto mais natural.

Este texto é parte da matéria da Revista Veja, Edição 2154.
Consulte uma nutricionista para saber qual o nutricosmético adequado para você!
Abraços

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