quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

DIETA DA FERTILIDADE

RIO - Cada vez mais, estudos comprovam que a alimentação adequada pode influenciar diretamente nas chances de engravidar. Segundo a nutricionista funcional Denise Carreiro, coautora do livro 'Mães saudáveis têm filhos saudáveis', o estado nutricional antes e durante a gravidez é crítico tanto para a mãe quanto para o bebê, e vai determinar o bem-estar e a qualidade de vida de ambos.

Quem está pensando em engravidar deve fazer um exame completo para avaliar desequilíbrios ou carências nutricionais. Reduzir o consumo dos aditivos, como os adoçantes, e dos produtos industrializados também é uma boa opção, já que ambos podem interferir na absorção de vitaminas e minerais essenciais.

- A alimentação saudável deve ser habitual porque muitas mulheres engravidam sem se programar - alerta a nutricionista.
Confira as principais dicas da especialista para quem está tentando engravidar:

- Pare de fumar: O tabaco reduz a fertilidade e pode danificar a qualidade dos óvulos. Mulheres que respiram a fumaça do cigarro com frequência ou têm um parceiro fumante costumam sofrer dos mesmos efeitos. As substâncias tóxicas como cádmio, chumbo, cianeto e monóxido de carbono também reduzem ou impedem a absorção de nutrientes e aumentam o risco de aborto espontâneo no início da gestação.

- Evite as bebidas alcoólicas: Pesquisas demonstram que mulheres que consomem menos de cinco copos de álcool por semana têm de duas a quatro vezes mais chances de engravidar do que aquelas que bebem mais do que essa quantia. Para alguns médicos, o ideal é riscar o álcool do cardápio por completo.

- Diminua o consumo de cafeína: Chá, mate, refrigerante e, claro, café, impedem a absorção de ferro, um mineral essencial para a saúde feminina. Além disso, estudos comprovam que apenas uma xícara de café por dia pode reduzir em 50% as chances de engravidar rápido.

- Não esqueça do ômega 3: O ácido graxo essencial, encontrado em peixes como a sardinha e o salmão, ajuda a regular hormônios e tem ação anti-inflamatória. Evite apenas o atum, que costuma ter uma alta concentração do mercúrio, substância tóxica para o feto.

- Fique de olho nas vitaminas: Alguns minerais estão diretamente ligados com a fertilidade. Entre eles o zinco, as vitaminas do complexo B, o selênio, a vitamina E, a vitamina A e o magnésio. O ideal é preferir os nutrientes dos alimentos, não de um suplemento vitamínico. Cuidado para não exagerar, já que o excesso de vitaminas pode ter um efeito prejudicial.

- Comece a tomar ácido fólico: Se você está pensando em engravidar, comece a tomar o suplemento vitamínico. A recomendação é de ao menos 400 mcg diários pelo menos 3 meses antes da concepção. A deficiência desta vitamina está ligada a defeitos no fechamento do tubo neural do bebê.

- Nada de dietas malucas: Faça sempre café da manhã, almoço, lanche e jantar, e inclua carboidratos integrais, legumes, proteína animal e fruta de sobremesa. Beba 2 a 3 litros de água (se quiser, adicione água de coco e sucos naturais, em quantidades pequenas) e evite os líquidos durante as refeições para não dilatar o estômago ou atrapalhar a digestão.

Evite o consumo de enlatados ou industrializados: Risque do cardápio os temperos prontos, os pratos congelados, os molhos artificiais, os embutidos (linguiça, salsicha, peito de peru, mortadela, salame e carnes processadas), biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, iogurtes com corantes artificiais, balas e produtos que você tenha dúvidas sobre a composição.

Cuidado com os alimentos crus: Carpaccios, maioneses caseiras, carnes mal passadas, queijos não pasteurizados e comida japonesa podem conter salmonela ou outros tipos de bactérias que podem causar infecções graves.

FONTE - O GLOBO 21/12

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