terça-feira, 1 de novembro de 2011

Comportamento Alimentar

Adorei esse texto.....tem haver com o que eu acredito depois de anos trabalhando com pessoas com dificuldades em relação ao peso.

COMPORTAMENTO ALIMENTAR - Relação médico X paciente na dieta Qua, 26 de Outubro de 2011 18:32
Lia Ades Gabbay*/Especial para BR Press

(BR Press) - Por trabalhar há tanto tempo em parceria com nutricionistas e médicos endocrinologistas no tratamento de pessoas com excesso de peso, acabo por ter uma visão privilegiada da relação destes profissionais com os pacientes. Há vários fatores nesta relação que podem favorecer ou prejudicar o engajamento do paciente e seu êxito na perda de peso.

Uma das coisas mais importantes e prejudiciais que noto são os preconceitos implícitos em algumas abordagens e recomendações. Aproveito para dizer que nós, profissionais, por maior que seja nossa boa vontade e competência, muitas vezes não nos atentamos suficientemente para os efeitos do que dizemos ao paciente, e para a forma com que o fazemos. E isso faz toda a diferença!

Por exemplo, o quanto atribuímos a possibilidade de mudança de comportamento alimentar e de estilo de vida exclusivamente a uma escolha consciente do paciente? O quanto julgamos que é fácil emagrecer, basta seguir nossas recomendações? "O paciente não emagrece porque não quer segui-las", acreditamos. Muitas vezes até nos irritamos com ele, pensamos: "Por que ele vem aqui, se não leva nada a sério?".

"Força de vontade"

Estudos mostram que nutricionistas e outros profissionais que tratam de pacientes obesos julgam a "falta de força de vontade" como o fator mais importante no fracasso dos planos dietéticos para perder peso. Esta concepção não apenas é contrária à compreensão atual da complexa neurobiologia do comportamento ingestivo, como também serve para estigmatizar e frustrar os pacientes.

Muitos não retornam ao consultório porque acham que vão "levar uma bronca" (nas palavras deles), ou porque sentem vergonha por terem fracassado.Antes de mais nada, acredito que devemos investir numa parceria com o paciente, propor um trabalho conjunto.

De igual para igual

É importante que saiamos do papel de donos do saber, daqueles que vão julgar seu comportamento. Estamos ali para construir um saber e um plano de ação que pertence à relação, aos dois – profissional e paciente. Só assim incentivamos a autonomia, primordial para o sucesso da reeducação de hábitos alimentares e de estilo de vida.

Depois, seria melhor basearmos nossas estratégias de aconselhamento na explicação das motivações do comportamento alimentar, na compreensão dos processos que conferem vulnerabilidade ao excesso alimentar, e na proposição de estratégias de enfrentamento.

Fazendo isso, não invocamos, sem perceber, falhas de caráter (como a famosa falta de "força de vontade"), e não reforçamos o estigma.

Enfim, há muito o que aprender observando a relação profissional-paciente, a comunicação existente entre eles. O sucesso, muitas vezes, depende mais disso e menos dos conteúdos das orientações, por incrível que pareça.

Ainda vou escrever um livro sobre isso!

(*) Lia Ades Gabbay é psicóloga, com especialização em Psicologia do Comportamento Alimentar, Transtornos Alimentares e Obesidade.

sábado, 15 de outubro de 2011

Você é o que você come

Olá gente, ando sem tempo p escrever, mas hoje como o tempo está nublado aqui em Floripa, aproveitei a folga para colocar os trabalhos em dia.

Esta semana no grupo de Reeducação Alimentar que faço as quartas-feiras na Clinica do Ser Integral - em Ingleses o assunto foi dietas da moda. Uma das participantes trouxe para o encontro diversos livros de dieta, um deles da famosa nutricionista Gillian Mackeith - aquela que faz o programa: VOCÊ É O QUE VOCÊ COME.

Na página 88 ela descreve cinco áreas problemáticas que ela encontra em 95% dos seus pacientes, as quais ela chama de "trapaceiros"

No meu trabalho diariamente encontro esses mesmos "trapaceiros", muitas vezes a pessoa está tão intoxicada que nem se dá conta deles:

São eles:
dificuldade de perder e manter o peso
cansaço o tempo todo
distúrbios digestivos (azia, flatulência, inchaços, refluxo, constipação...)
TPM e problemas hormonais
Estresse

Se você apresenta um ou mais sintomas dos descritos acima, procure um profissional nutricionista e descubra as maravilhas que a alimentação correta pode fazer por você.

abraços a todos

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ovários Policisticos e Sobrepeso

"A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) pode ocorrer sem que o exame de ultra-sonografia revele cistos nos ovários e, muitas vezes, temos que excluir várias outras doenças que tem em comum a produção excessiva de hormônios masculinos pela mulher. Além disso, 20% das mulheres normais podem apresentar ovários policísticos sem nenhuma manifestação clínica ou alteração hormonal, não sendo caracterizadas como portadoras da Síndrome dos Ovários Policísticos.

Geralmente tudo começa por volta dos 10 aos 12 anos, quando os ovários da menina, até então inativos, passam a produzir hormônios em grande quantidade,desencadeando a puberdade e com ela a menarca, nome dado a primeira menstruação. Nessa época, já se nota uma maior tendência ao ganho de peso e no rosto, os efeitos dos hormônios sob a forma de acne e seborréia, características que dão à pele da adolescente aquela aparência oleosa. Tudo isso pode ser normal e desaparecer lentamente, assim que a turbulência hormonal dá lugar às secreções hormonais cíclicas e regulares da mulher adulta.

De repente, essa regularidade não ocorre e o que é pior, as menstruações passam a ocorrer de maneira mais espaçada e irregular, a acne se agrava e aparecem pêlos mais escuros, principalmente em área ditas androgênicas - rosto, raiz das coxas, linha média do abdome, em volta da aréola mamária - e as proporções corporais não param de aumentar. Tudo parece comprometer ainda mais a grande instabilidade da adolescente: sua insegurança, sua baixa auto-estima, sua rebeldia e sua tão distante imagem corporal ideal.

A mais importante dificuldade ginecológica das mulheres com SOP é a dificuldade ovulatória e a infertilidade. Além disso, várias complicações podem ocorrer com essas mulheres quando elas conseguem engravidar, dentre elas, o maior índice de abortamentos, o diabetes gestacional, a hipertensão arterial da gestação e a pré-eclâmpsia. Para todas elas, o tratamento adequado reduz a incidência dessas complicações e quase as igualam às mulheres.

A alta prevalência de obesidade nas mulheres com SOP deixa claro que essa patologia é uma das causas mais comuns do ganho de peso na população feminina. Por se tratar de doença crônica e de evolução progressiva, somente o diagnóstico e tratamento precoces podem prevenir as conhecidas complicações metabólicas e hormonais da síndrome como diabetes, hipertensão arterial, infertilidade, alterações estéticas como o excesso de pelos e as doenças do fígado causadas pela obesidade"

TEXTO RETIRADO DO BLOG: COMER SEM CULPA
http://comersemculpa.blog.uol.com.br/